terça-feira, 27 de maio de 2014

O PROFESSOR, A TECNOLOGIA E A SALA DE AULA



Em um mundo tecnológico, integrar novas tecnologias à sala de aula ainda é pouco frequente e um desafio para docentes. Em muitos casos, a formação não considera essas tecnologias, e se restringe ao teórico, ou seja, o professor precisa buscar esse conhecimento em outros espaços. Isso nem sempre funciona, pois frequentar cursos de poucas horas nem sempre garante ao professor segurança e domínio dessas tecnologias.


Embora alguns ainda se sintam inseguros e despreparados, muitos educadores já perceberam o potencial dessas ferramentas e procuram levar novidades para a sala de aula, seja com uma atividade prática no computador, com videogame, tablets e até mesmo com o celular.

O fato é que o uso dessas tecnologias pode aproximar alunos e professores, além de ser útil na exploração dos conteúdos de forma mais interativa. O aluno passa de mero receptor, que só observa e nem sempre compreende, para um sujeito mais ativo e participativo. 


novas tecnologias na educação





Educação e Tecnologias


Vani Moreira Kenski - Editora Papirus - Brasil - 2007 - 1º edição

" O termo 'tecnologias' tem sido muito empregado em educação, com os mais diversos sentidos e significados. Neste livro a autora reflete sobre as relações que sempre existiram entre esses dois campos do conhecimento - a educação e as tecnologias. O desafio proposto - falar sobre o tema sem entrar em discussão mais aprofundadas do campo específico da educação, com seus jargões profissionais, suas teorias e abordagens."

Eles Sabem (Quase) Tudo


Betina Von Staa - Editora Melo - Brasil - 2011 - 1º edição

" Se você, pai ou mãe, fica cheio de dúvidas em como lidar com seu filho quando o assunto é internet ou , se você, professor, está confuso com relação ao uso da tecnologia em sua escola, Eles sabem (quase) tudo é um livro fundamental."

Tecnologia Educacional e Aprendizagem



Ubirajara Carnevale de Moraes (Org.) - editora Queen Books - 2007 -1º edição

" Este livro apresenta diversas formas de se apropriar dos recursos digitais como ferramentas de ensino e aprendizagem. Projetos informatizados, linguagem de programação para crianças, softwares livres, softwares educacionais, mapas conceituais, EAD, ambientes virtuais, ferramentas digitais de comunicação, WebQuest, comunidades virtuais, acessibilidades virtuais, acessibilidade, objetos de aprendizagem e games são assuntos abordados nesta obra, por educadores atuantes na área de informática aplicada à educação."

Educação e Novas Tecnologias



Gláucia da Silva brito, Ivonélia da Purificação - Editora Ibpex - Brasil - 2008 - 2º edição

" Em uma linguagem clara e objetiva, esta obra oferece a professores e pedagogos importantes subsídios para pensar os alcances e os limites da informática na educação, chamando a intenção para os equívocos que devem ser evitado e para as ações que debem ser engendradas, a fim de poderem tornar, de fato, o uso das tecnologias mais eficaz nas escolas."

XXIII Ciclo de Palestras sobre Novas Tecnologias na Educação


A XXIII edição do Ciclo de Palestras Novas Tecnologias na Educação será realizado pelo CINTED - Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação em conjunto com o Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação da UFRGS,  de 15 a 18 de julho de 2014, em Porto Alegre-RS.



Esta série de eventos, que iniciou em 2003,  tem como meta promover/disseminar o uso de novas tecnologias na Educação, com especial ênfase à tecnologia da informação e comunicação (TIC).



Autores são convidados a submeterem artigos inéditos, que não tenham sido publicados e nem estejam em processo de publicação em outros eventos ou periódicos. 



A temática dos artigos pode envolver relatos, estudos, pesquisas e resultados derivados da atividade docente e de pesquisa relacionada com o uso da TIC na Educação.  Os tópicos de interesse desta edição estão relacionados a seguir mas artigos abordando outros tópicos que envolvam o uso da TIC na Educação também poderão ser aceitos:

  • Projeto e desenvolvimento de objetos educacionais
  • Repositórios de conteúdo educacional digital
  • TIC e seus efeitos na configuração das ecologias cognitivas
  • Aprendizagem Colaborativa Apoiada por Computador
  • Teorias educacionais aplicadas à TIC
  • Educação a distância
  • Jogos educativos
  • Videoconferência 
  • Vídeo educacional
  • Ambientes virtuais de aprendizagem
  • Inclusão digital
  • Web semântica
  • Ontologias
  • Software livre na educação
  • Laboratórios digitais
  • Cursos online massivos abertos (MOOC)
  • Informática na Educação Especial


Os artigos selecionados e apresentados no XXII Ciclo de Palestras Novas Tecnologias na Educação serão publicados na RENOTE - Revista Novas Tecnologias na Educação (ISSN 1679-1916) agora com nova organização e em  novo site com busca aprimorada  a todo o acervo.

Formação continuada para professores

Formação continuada para professores
Formação no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa - Curso presencial de 2 anos para os Professores alfabetizadores, com carga horária de 120 horas por ano, metodologia propõe estudos e atividades práticas. Os encontros com os Professores alfabetizadores são conduzidos por Orientadores de Estudo. Estes são professores das redes, que estão fazendo um curso específico, com 200 horas de duração por ano, em universidades públicas.
No Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa são desenvolvidas ações que contribuem para o debate acerca dos direitos de aprendizagem das crianças do ciclo de alfabetização; os processos de avaliação e acompanhamento da aprendizagem das crianças; planejamento e avaliação das situações didáticas; o uso dos materiais distribuídos pelo MEC, voltados para a melhoria da qualidade do ensino no ciclo de alfabetização.

ProInfantil - O ProInfantil é um curso em nível médio, a distância, na modalidade Normal. Destina-se aos profissionais que atuam em sala de aula da educação infantil, nas creches e pré-escolas das redes públicas e da rede privada, sem fins lucrativos, que não possuem a formação específica para o magistério.


Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica – Parfor - O Parfor induz e fomenta a oferta de educação superior, gratuita e de qualidade, para professores em exercício na rede pública de educação básica, para que estes profissionais possam obter a formação exigida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB e contribuam para a melhoria da qualidade da educação básica no País.


Proinfo Integrado - O Proinfo Integrado é um programa de formação voltado para o uso didático-pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC no cotidiano escolar, articulado à distribuição dos equipamentos tecnológicos nas escolas e à oferta de conteúdos e recursos multimídia e digitais oferecidos pelo Portal do Professor, pela TV Escola e DVD Escola, pelo Domínio Público e pelo Banco Internacional de Objetos Educacionais.


e-Proinfo - O e-Proinfo é um ambiente virtual colaborativo de aprendizagem que permite a concepção, administração e desenvolvimento de diversos tipos de ações, como cursos a distância, complemento a cursos presenciais, projetos de pesquisa, projetos colaborativos e diversas outras formas de apoio a distância e ao processo ensino-aprendizagem.


Pró-letramento - O Pró-Letramento é um programa de formação continuada de professores para a melhoria da qualidade de aprendizagem da leitura/escrita e matemática nos anos/séries iniciais do ensino fundamental.

O programa é realizado pelo MEC, em parceria com universidades que integram a Rede Nacional de Formação Continuada e com adesão dos estados e municípios.

Gestar II - O Programa Gestão da Aprendizagem Escolar oferece formação continuada em língua portuguesa e matemática aos professores dos anos finais (do sexto ao nono ano) do ensino fundamental em exercício nas escolas públicas. A formação possui carga horária de 300 horas, sendo 120 horas presenciais e 180 horas a distância (estudos individuais) para cada área temática. O programa inclui discussões sobre questões prático-teóricas e busca contribuir para o aperfeiçoamento da autonomia do professor em sala de aula.


Rede Nacional de Formação Continuada de Professores - A Rede Nacional de Formação Continuada de Professores foi criada em 2004 com o objetivo de contribuir para a melhoria da formação dos professores e alunos. O público-alvo prioritário da rede são professores de educação básica dos sistemas públicos de educação.

Fonte: Portal do Mec

Como usar as redes sociais a favor da aprendizagem

Conheça a melhor forma de se relacionar com a turma nas redes sociais e saiba como o Facebook, o Orkut ou o Twitter podem ser aliados do processo de aprendizagem



Você sabe quantos de seus alunos possuem perfis no Orkut, no Facebook ou no Google +? Já experimentou fazer uso dessas redes sociais para disponibilizar materiais de apoio ou promover discussões online?


Cada vez mais cedo, as redes sociais passam a fazer parte do cotidiano dos alunos e essa é uma realidade imutável. Mais do que entreter, as redes podem se tornar ferramentas de interação valiosas para auxiliar no seu trabalho em sala de aula, desde que bem utilizadas. "O contato com os estudantes na internet ajuda o professor a conhecê-los melhor", afirma Betina von Staa, pesquisadora da divisão de Tecnologia Educacional da Positivo Informática. "Quando o professor sabe quais são os interesses dos jovens para os quais dá aulas, ele prepara aulas mais focadas e interessantes, que facilitam a aprendizagem", diz. 

Se você optou por se relacionar com os alunos nas redes, já deve ter esbarrado em uma questão delicada: qual o limite da interação? O professor deve ou não criar um perfil profissional para se comunicar com os alunos? "Essa separação não existe no mundo real, o professor não deixa de ser professor fora de sala, por isso, não faz sentido ele ter dois perfis (um profissional e outro pessoal)", afirma Betina. "Os alunos querem ver os professores como eles são nas redes sociais".
Mas, é evidente que em uma rede social o professor não pode agir como se estivesse em um grupo de amigos íntimos. "O que não se pode perder de vista é o fato de que, nas redes sociais, o professor está se expondo para o mundo", afirma Maiko Spiess, sociólogo e pesquisador do Grupo de Estudos Sociais da Ciência e da Tecnologia, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Ele tem que se dar conta de que está em um espaço público frequentado por seus alunos". Por isso, no mundo virtual, os professores precisam continuar dando bons exemplos e devem se policiar para não comprometerem suas imagens perante os alunos. Os cuidados são de naturezas diversas, desde não cometer erros de ortografia até não colocar fotos comprometedoras nos álbuns. "O mais importante é fazer com que os professores se lembrem de que não existe tecnologia impermeável, mas comportamentos adequados nas redes", destaca Betina von Staa. 

A seguir, listamos cinco formas de usar as redes sociais como aliada da aprendizagem e alguns cuidados a serem tomados:

1. Faça a mediação de grupos de estudo
Convidar os alunos de séries diferentes para participarem de grupos de estudo nas redes - separados por turma ou por escolas em que você dá aulas -, pode ajudá-lo a diagnosticar as dúvidas e os assuntos de interesse dos estudantes que podem ser trabalhados em sala de aula, de acordo com os conteúdos curriculares já planejados para cada série.

Os grupos no Facebook ou as comunidades do Orkut podem ser concebidos como espaços de troca de informações entre professor e estudantes, mas lembre-se: você é o mediador das discussões propostas e tem o papel de orientar os alunos.
Todos os participantes do grupo podem fazer uso do espaço para indicar links interessantes ou páginas de instituições que podem ajudar em seus estudos. "A colaboração entre os alunos proporciona o aprendizado fora de sala de aula e contribui para a construção conjunta do conhecimento" explica Spiess.

2. Disponibilize conteúdos extras para os alunos
As redes sociais são bons espaços para compartilhar com os alunos materiais multimídia, notícias de jornais e revistas, vídeos, músicas, trechos de filmes ou de peças de teatro que envolvam assuntos trabalhados em sala, de maneira complementar. "Os alunos passam muitas horas nas redes sociais, por isso, é mais fácil eles pararem para ver conteúdos compartilhados pelo professor no ambiente virtual", diz Spiess.

Esses recursos de apoio podem ser disponibilizados para os alunos nos grupos ou nos perfis sociais, mas não devem estar disponíveis apenas no Facebook ou no Orkut, porque alguns estudantes podem não fazer parte de nenhuma dessas redes. Para compartilhar materiais de apoio e exercícios sobre os conteúdos trabalhados em sala, é melhor utilizar espaços virtuais mais adequados, como a intranet da escola, o blog da turma ou do próprio professor.

3. Promova discussões e compartilhe bons exemplos
Aproveitar o tempo que os alunos passam na internet para promover debates interessantes sobre temas do cotidiano ajuda os alunos a desenvolverem o senso crítico e incentiva os mais tímidos a manifestarem suas opiniões. Instigue os estudantes a se manifestarem, propondo perguntas com base em notícias vistas nas redes, por exemplo. Essa pode ser uma boa forma de mantê-los em dia com as atualidades, sempre cobradas nos vestibulares.

4. Elabore um calendário de eventos
No Facebook, por meio de ferramentas como "Meu Calendário" e "Eventos", você pode recomendar à sua turma uma visita a uma exposição, a ida a uma peça de teatro ou ao cinema. Esses calendários das redes sociais também são utilizados para lembrar os alunos sobre as entregas de trabalhos e datas de avalições. Porém, vale lembrar: eles não podem ser a única fonte de informação sobre os eventos que acontecem na escola, em dias letivos. 

5. Organize um chat para tirar dúvidas 
Com alguns dias de antecedência, combine um horário com os alunos para tirar dúvidas sobre os conteúdos ministrados em sala de aula. Você pode usar os chats do Facebook, do Google Talk, do MSN ou até mesmo organizar uma Twitcam para conversar com a turma - mas essa não pode ser a única forma de auxiliá-los nas questões que ainda não compreenderam.

A grande vantagem de fazer um chat para tirar dúvidas online é a facilidade de reunir os alunos em um mesmo lugar sem que haja a necessidade do deslocamento físico. "Assim que o tira dúvidas acaba, os alunos já podem voltar a estudar o conteúdo que estava sendo trabalhado", explica Spiess.

Cuidados a serem tomados nas redes

- Estabeleça previamente as regras do jogo
Nos grupos abertos na internet, não se costuma publicar um documento oficial com regras a serem seguidas pelos participantes. Este "código de conduta" geralmente é colocado na descrição dos próprios grupos. "Conforme as interações forem acontecendo, as regras podem ser alteradas", diz Spiess. "Além disso, começam a surgir lideranças dentro dos próprios grupos, que colaboram com os professores na gestão das comunidades". Com o tempo, os próprios usuários vão condenar os comportamentos que considerarem inadequados, como alunos que fazem comentários que não são relativos ao que está sendo discutidos ou spans.

- Não exclua os alunos que estão fora das redes sociais
Os conteúdos obrigatórios - como os exercícios que serão trabalhados em sala e alguns textos da bibliografia da disciplina - não podem estar apenas nas redes sociais (até mesmo porque legalmente, apenas pessoas com mais de 18 anos podem ter perfis na maioria das redes). "Os alunos que passam muito tempo conectados podem se utilizar desse álibi para convencer seus pais de que estão nas redes sociais porque seu professor pediu", alerta Betina.

A mesma regra vale para as aulas de reforço. A melhor solução para esses casos é o professor fazer um blog e disponibilizar os materiais didáticos nele ou ainda publicá-los na intranet da escola para os alunos conseguirem acessar o conteúdo recomendado por meio de uma fonte oficial.
Com relação aos pais, vale comunicá-los sobre a ação nas redes sociais durante as reuniões e apresentar o tipo de interação proposta com a turma.
Texto: Daniele Pechi
Fonte: Nova escola

Tecnologia favorece ou atrapalha a interação?

Na maior feira de tecnologia de Educação do planeta, NOVA ESCOLA conferiu um mundo de recursos novos. Mas as novidades da informática estariam roubando o precioso tempo de contato entre aluno e professor? 

Leia o artigo e deixe seu comentário!





Todos os anos, professores, gestores e entusiastas da tecnologia em Educação voltam seus olhos para os lançamentos da Bett Show. Realizado num enorme centro de eventos em Londres, na Grã-Bretanha, o evento é uma das maiores feiras mundiais sobre o tema. Estive por lá entre os dias 11 e 14 de janeiro, acompanhando as últimas novidades da tecnologia em sala de aula.

 Não há como não voltar deslumbrada com todos os aplicativos, softwares e hardwares desenvolvidos com o objetivo de facilitar a aprendizagem. Jogos em todas as disciplinas fazem a festa das crianças - e também dos professores que acham que esse é o caminho para "motivar" os alunos. Imagens em 3D revelam o corpo humano e dos animais e a estrutura dos demais seres vivos e levam as turmas para um estudo de campo de ecossistemas como o fundo do mar e uma caverna - tudo sem sair da sala de aula.


Mas um ponto polêmico - não colocado abertamente durante as discussões na Bett2012, mas deixado no ar - diz respeito ao fator interação quando a tecnologia invade a sala de aula. Alguns professores têm usado a tecnologia para se aproximar das turmas, como Emma Chandler, professora de Estudos Sociais da Emerson Park School, em Londres. Ela usa o Twitter para se comunicar com os alunos justamente por ter percebido que era a ferramenta predileta de comunicação entre eles. Manda de três a quatro mensagens por aula, com o plano de aula do dia, questões simples para verificar o conhecimento sobre determinado conteúdo e notícias relacionadas ao tema. "Os mais tímidos passaram a se comunicar mais comigo", afirmou ela, que ainda coordenou um texto coletivo para o jornal da escola cujos trechos eram enviados pela rede social. O trabalho em grupo, portanto, foi intermediado pela ferramenta, com pouco contato direto entre os colegas.


O uso de animações em 3D, em que todas as informações são facilmente acessadas e visualizadas com perfeição e realismo, praticamente prescinde da presença do educador para a compreensão do conteúdo. Estudo realizado em sete países entre outubro de 2010 e maio de 2011, por pesquisadores da Universidade de Londres, comparou o rendimento de duas categorias de estudantes. Os que estavam nas turmas em que o professor usou 3D para ensinar corpo humano melhoraram suas notas em 86% (contra os 52% registrados no grupo de controle, que só usou ferramentas em 2D), apreenderam as informações em menos tempo, lembravam de mais detalhes e davam respostas mais elaboradas em questões abertas. E o papel do professor, nesse caso, foi apenas disponibilizar o acesso à ferramenta e fazer a avaliação.

Steve Bunce, consultor em tecnologia da Educação do Reino Unido, está convicto de que a saída para esse dilema é o educador se tornar um questionador: "Em vez de explicar o conteúdo, ele vai criar as perguntas sobre o mundo real e os problemas globais para serem respondidas pelos alunos, que, por sua vez, com a tecnologia, podem ir sozinhos atrás das informações e trazer as soluções. É assim que se educa cidadãos com autonomia para aprender."

Texto: Paola Gentile
Fonte: Nova escola

Ferramentas tecnológicas nas aulas de Matemática

Calculadora e planilhas eletrônicas auxiliam a turma na resolução de problemas




Nenhuma das inovações tecnológicas substitui o trabalho clássico na disciplina, centrado na resolução de problemas. Estratégias como cálculo mental, contas com algoritmos e criação de gráficos e de figuras geométricas com lápis, borracha, papel, régua, esquadro e compasso seguem sendo essencias para o desenvolvimento do raciocínio matemático. 


Entretanto, saber usar calculadoras e conhecer os princípios básicos de planilhas eletrônicas do tipo Excel são hoje demandas sociais. Você deve introduzir esses recursos nas aulas - mas com o cuidado de pontuar que eles não fazem mágica alguma. Ao contrário, sua utilidade se aplica apenas a situações específicas. "O professor deve mostrar que eles são importantes para poupar tempo de operações demoradas, como cálculos e construções de gráficos, quando o que importa é levantar as ideias mais relevantes sobre como resolver a questão", defende Ivone Domingues, coordenadora pedagógica da Escola da Vila. 



Enquanto as propostas com calculadora parecem estar mais disseminadas (é comum em várias escolas, por exemplo, utilizá-las para conhecer propriedades do sistema de numeração ou validar contas), o trabalho com planilhas eletrônicas ainda ensaia os primeiros passos. Vale a pena considerar o uso desses aplicativos, já que eles permitem aliar vários conteúdos: coleta de dados, inserção de fórmulas algébricas para cálculos, elaboração de tabelas e tratamento da informação (leia a sequência didática no quadro ao lado). 



É importante que as atividades incluam desafios que questionem e ampliem o conhecimento da turma: o que acontece com os resultados da tabela se modificarmos um dos dados da fórmula? E com o gráfico, caso troquemos os valores da tabela? Para mostrar dados cuja soma chega a 100%, qual o tipo mais adequado de gráfico: o de colunas, o de linhas ou o de pizza? "Nessas explorações, o aluno aprende a controlar melhor as alternativas de resolução que a ferramenta oferece", argumenta Ivone. 



Por fim, na área de Espaço e Forma, a mesma economia de tempo - dessa vez, na construção de figuras - é possibilitada por programas como o GeoGebra (disponível gratuitamente em www.geogebra.org) e o Cabri Gèométre (pago), que deixam a garotada analisar as propriedades de sólidos e planos, movimentando-os, marcando pontos ou traçando linhas sem a necessidade de redesenhar.
Texto: Amanda Polato


Fonte: Nova escola

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Plano de aula - Crianças de pré-escola

Pesquisa sobre as baleias na internet
Objetivos 
- Entrar em contato com textos informativos. 
- Aprender procedimentos de leitura de imagens para buscar informações. 
- Pesquisar a vida das baleias. 
- Usar alguns recursos do computador. 

Conteúdos
- Texto informativo. 
- Baleias. 
- Procedimento de pesquisa em fontes diversas. 
- Construção de familiaridade com o computador. 

Anos 
Pré-escola. 

Tempo estimado 
15 dias. 

Material necessário 
- Computador com acesso à internet e um editor de textos. 
- Impressora, cartolinas e materiais pré-selecionados para pesquisa sobre baleias (como enciclopédias e revistas).
- Vídeos: 
   - Baleia Azul
- Jogo:


Flexibilização
Adiante algumas das atividades que serão realizadas para a criança com deficiência visual. O acesso a um computador com teclado braile na sala de recursos é imprescindível, assim como a orientação do educador do AEE. É importante que desde cedo esta criança tenha contato com o computador e com o sistema braile, mesmo que ainda não saiba ler. Há softwares que podem ser instalados em qualquer computador e que servem para narrar o conteúdo dos sites, como o Jaws e o DOSVOX, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Com relação aos vídeos, explique o assunto antecipadamente para a criança para que ela saiba o que vai ouvir. Imagens em relevo também podem ser apresentadas à criança cega. O trabalho em pequenos grupos ajuda na inclusão dos pequenos.


Desenvolvimento 
1ª etapa
Exiba os vídeos Baleia Jubarte e Baleia Azul e questione o que as crianças sabem sobre baleias. Convide-as a descobrir detalhes sobre a vida desses animais usando o computador. Comporte-se como um modelo para elas: ao ligar a máquina e conectá-la à internet, verbalize os procedimentos. Elabore um cartaz com o que os pequenos sabem sobre esses animais e outro com o que desejam descobrir, fazendo o papel de escriba. 

2ª etapa
Apresente os materiais para a turma pesquisar informações a respeito das baleias. Fale sobre consultar a internet também. Organize grupos para que cada um trabalhe com uma fonte. Enquanto algumas crianças observam enciclopédias, outras selecionam fotos de revista e as demais fazem buscas na internet com sua ajuda.

Antes, retome os cartazes para que todos saibam o que precisam buscar. Para trabalhar com o grupo do computador, apresente o site Ciência Hoje para Crianças. Explique o que pode ser feito e como digitar no campo da busca a palavra "baleia".

Se necessário, escreva o termo e oriente-as a digitá-la copiando. Questione a necessidade de imprimir tudo o que for descoberto e a validade de salvar os endereços para acessá-los depois. Proponha o rodízio dos grupos para que todos tenham contato com as fontes. Organize uma roda para socializar as descobertas. 

3ª etapa
Acesse o site da revista Recreio (recreionline.abril.com.br) e apresente-o à turma, lendo os destaques. Aponte o campo de busca. Peça que os pequenos expliquem o que deve ser feito para encontrar informações sobre as baleias. Encaminhe-os a encontrar a ficha técnica delas. 

4ª etapa
Reúna o grupo para brincar com o Desafio Baleiês. Todos devem jogar, usando o mouse. Se necessário, organize um rodízio. 

5ª etapa
Convide o grupo a criar um cartaz com o que foi aprendido para responder aos questionamentos. Sugira usar o computador para escrever legendas para as fotos, por exemplo.

Avaliação 
Analise os conhecimentos adquiridos pelas crianças sobre os animais e como elas passaram a lidar com o computador. É importante que tenham desenvolvido autonomia para identificar ícones para acessar a internet e pesquisar em sites.


Fonte: Nova escola

Plano de aula - 3º ao 5º ano

Como identificar fontes confiáveis de pesquisa na Internet



Objetivo 

- Identificar fontes confiáveis para pesquisa na internet.


Conteúdo específico 

- Leitura
- Procedimentos de seleção de fontes de pesquisa


Anos

Do 3º ao 5º ano.


Tempo estimado 

Duas aulas.


Material necessário 

Computadores com acesso à internet e cartolina.

Desenvolvimento


1ª etapa  

Escolha um tema de estudo com seus alunos e estabeleça os pontos mais importantes para investigar, definindo as perguntas que devem ser respondidas na pesquisa.

Flexibilização para deficiência intelectual

Converse individualmente com o aluno a cada etapa, oferecendo consignas objetivas e explicando algumas das competências que serão desenvolvidas a cada etapa.


2ª etapa

Na sala de informática, pergunte se eles conhecem sites que servem para fazer pesquisa. Aproveite a oportunidade para explicar como funcionam. O Google, por exemplo, tem um enorme banco de dados e busca nele a palavra ou frase pesquisadas sem levar em consideração se as informações do site são certas ou erradas.

Flexibilização para deficiência intelectual 

Coloque o aluno junto a uma dupla ou para trabalhar com você. Assim, ele terá mais tempo e oportunidade para aprender e se familiarizar  

3ª etapa
Acesse o Google e pergunte quais são as melhores palavras-chave para o tema pesquisado. Questione os estudantes sobre a qualidade dos resultados a fimcom os comandos do computador. de que compreendam que, quanto mais específicos os termos ou a frase usado no campo "busca", melhores são os resultados. 

4ª etapa
Proponha uma situação-problema, confrontando dois sites que possuam informações conflitantes sobre o tema da pesquisa. Pergunte: "Em qual confiar? Por quê?". Caso alguém entre no primeiro link e imprima as informações sem verificar se elas são corretas, discuta os critérios para selecionar sites confiáveis e pertinentes. O primeiro passo é verificar a terminologia deles. ".org" refere-se a sites de organizações não governamentais, ".com", a endereços comerciais, e ".gov", a sites do governo.

5ª etapa
Lance a pergunta: a pessoa ou a instituição têm acesso a informações confiáveis ou estudam o tema? Apresente também seus sites de confiança, explicando suas escolhas. Registre as informações em um cartaz para consulta coletiva. 

6ª etapa
Oriente os alunos a selecionar três bons sites para a pesquisa proposta inicialmente. Peça que expliquem critérios de escolha e certifiquem-se de que as informações obtidas respondem aos questionamentos.


Avaliação 

Programe uma nova visita ao laboratório de informática e proponha outra pesquisa. Observe se os alunos utilizam palavras-chave adequadas ao conteúdo, escolhem os sites, verificando sua procedência, e analisam sua confiabilidade.


Fonte: Nova escola

Plano de aula - 6º ao 9º ano

Ensine cartografia para a turma usando o Google Earth

Objetivos 
- Desenvolver a noção espacial e a representação cartográfica. 
- Comparar diferentes tipos de representação da superfície terrestre: mapas, fotos de satélite e imagens aéreas e tridimensionais. 

Conteúdos 
- Cartografia. 
- Localização espacial. 

Anos 
6º ao 9º. 

Tempo estimado 
Oito aulas. 

Material necessário 
Papel, régua, lápis, computador com acesso à internet e o programa Google Earth 

Desenvolvimento 
1ª etapa  Oriente os alunos a observar o trajeto desde a casa até a escola, identificando pontos para a localização. Peça que transformem a observação num croqui, cuidando para representar as referências. 

2ª etapa  Diante do computador, divida a turma em grupos e solicite que explorem este site. Explique que o desafio é encontrar, entre os mapas disponíveis, um que mostre a localização da escola. Oriente-os a comparar os croquis com os mapas: os pontos de referência são os mesmos? Como são identificados? Explique que os desenhos disponíveis são representações bidimensionais de espaços tridimensionais, com símbolos, legendas e escala específicos. 

3ª etapa  Hora de visualizar a localização em imagem real. Abra o programa Google Earth e convide a turma a buscar uma imagem da escola. Siga o seguinte procedimento: clique no botão "Mostrar a barra lateral" e em "Voar para". Digite "Brasil", espere a imagem "voar" até o país. Introduza o nome da cidade e oriente os estudantes a aproximar a imagem até o objetivo. Pergunte aos alunos o que estão vendo. É a mesma visão que temos ao caminhar pelas ruas? Leve-os a perceber que imagens aéreas e de satélite são a real visualização da superfície no plano vertical. 

4ª etapa  Peça que comparem a imagem do Google Earth com o croqui que haviam elaborado e observem o que querem acrescentar ou modificar. 

Avaliação 
Verifique se os alunos compreendem as diferentes formas de representação da superfície terrestre e se sabem se localizar em um mapa virtual. Para reforçar o entendimento, repita a sequência de atividades com outros pontos significativos, possibilitando que explorem os recursos de aproximação e distanciamento da visão no Google Earth para desenvolver a noção de pertencimento espacial desde o nível do bairro até o planeta.


Fonte: Nova escola